terça-feira, 30 de março de 2021

Dilema público ou privado?

Existe um dilema que capitula todos os principais dilemas colocados aos decididores em políticas públicas. Eu vou estabelecer o debate em torno do mais excitante desses dilemas que diz respeito ao debate entre as empresas estatais e as privadas. Partindo do fim para o começo, corro o risco de falar em demasia e construir um elenco sofista, termino esse debate sem ter começado dizendo apenas que entre estatais e as empresas privadas eu prefiro as que tem competência. Nada substitui a competência. Eu escolhi cuidadosamente a palavra competência em lugar de: eficácia, ou eficiência ou efetividade. Existe empresa estatal competente e existe empresa privada competente. Quando uma estatal falha por incompetência cospem todos no governo porque de nós saem os pagamentos e o socorro financeiro para reparar a cagada. Quando uma empresa privada falha perdem os empregos, e os donos, o seu patrimônio. Por extensão muitas vezes os prejuízos das pessoas clientes ou pacientes ou investidores é bem maior que os prejuízos dos proprietários ou dos empregados sem os seus postos de trabalhos da empresa que falhou. Cada caso é um caso, portanto, novamente, e sempre, as generalizações nada explicam, como uma equação matemática onde a estatística coloca no ponto médio, em que a medida central determina um padrão que é apenas ad hoc apenas para argumentar como sabem os bons estatísticos; a curva da distribuição das probabilidades de Gauss não permite determinismos. Então o debate sobre democracia ou ditadura se encaixa no mesmo padrão de análise entre privada ou estatais. Existem ditaduras competentes e imperialismo que funcionam, tando quanto existem democracias liberais que são um caos para a população e para o mundo todo. Estabelecido o debate correto temos que sair deste elenco sofista e parar de fazer falácias de petição de princípios apenas jogando com frases de efeito bonitas sem nenhuma comprovação pela realidade, como, por exemplo, a falsa idéia da excelência da democracia suprema. Mais isto vai levar mais de um século. Colocassemos um projeto democrático dentro de um computador de inteligência Artificial ele iria interditar todos os seres humanos para proteger os seres humanos dos políticos, em primeiro, e depois, os seres humanos, deles mesmos.